Existem pessoas que não conseguem ter um único amor e fazem a opção pela poli afetividade. Ainda que alvo do repúdio social – com denominações sempre pejorativas: concubinato, adultério, impuro, impróprio, espúrio, de má-fé, – vínculos afetivos concomitantes nunca deixaram de existir.
Em uma sociedade onde prevalece a monogamia, as pessoas enxergam os adeptos a relações não monogâmicas de uma forma muito negativa, porque o homem é por natureza é poligâmico e contradizendo essa tendência natural ele é obrigado a ser monogâmico para conseguir ser um cidadão respeitável e preservar o seu principal lugar na sociedade que é a família. A mulher é menos poligâmica, porque o sexo para ela está ligado a procriação e segurança da prole e para o homem o sexo está mais ligado a prazer.
Como reagir diante de uma traição?
De acordo com a sexóloga Sônia Eustáquia as evidências nos levam a dizer que a relação poli afetiva se dá em maior número com os homossexuais isso porque o compromisso principal é o prazer na relação sexual genital e não no compromisso de fidelidade que envolve também o restante da família que são os filhos. Hoje eu percebo uma evolução nesse sentido. Os homossexuais têm buscado mais relações estáveis e amorosas do que antigamente. A promiscuidade tem acontecido menos e eles têm buscado mais o prazer em ter um parceiro em detrimento só do prazer sexual genital.
Para Sônia, a diferença de uma pessoa que sente amor por mais de uma pessoa, ou seja, é poli afetiva e uma pessoa adúltera não existe. O certo é que existe diferença entre infidelidade e adultério. A primeira prática diz respeito à violação de regras e limites acordados em um relacionamento. É a quebra do pacto de manter relações somente com a pessoa que se escolheu como parceiro. Já o adultério é o “ato de se relacionar com terceiro na constância do casamento”. Enfim, a infidelidade seria a tal “escapada” e o adultério algo mais profundo entre uma pessoa comprometida com outra fora da relação. O que tem acontecido é que os casais têm se perdoado mutuamente quando existe a tal infidelidade. A “ficada” esporádica, a aventura, estão sendo reavaliadas e pode-se passar por cima e continuar sendo felizes para sempre. E o adultério? sociedade, podemos dizer que, geralmente, são pessoas com traços perversos. Além da dificuldade em preservar os vínculos essas pessoas também não têm sentimento de culpa e nem limites. Essas características traçam um perfil diferente e as vezes até perigoso para se relacionar.
O perdão, um ato de misericórdia
Sônia Eustáquia afirma que as relações abertas não são uma tendência da sociedade moderna, pois, de acordo com ela, o mundo precisa a cada dia de mais leis e regras para conseguir ser civilizado e sobreviver.