O cliente quer tudo, mas sem gastar. Como lidar?

O cliente quer tudo, mas sem gastar. Como lidar?

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Devido à instabilidade econômica atual, muitos clientes acabam pressionando os profissionais querendo muito, porém, gastando pouco. É preciso saber lidar com este desgaste, sem se estressar

A insegurança econômica em que vivemos acaba afetando o humor das pessoas. No cenário da arquitetura e interiores este fato não é diferente, pois os clientes procuram por projetos arrojados, porém, com baixo custo e geram uma pressão muito grande em cima de arquitetos e designers. Um desgaste emocional, que precisa ser controlado entre os profissionais, para que não se transforme em estresse.

A psicóloga Sônia Eustáquia explica o que pode ser o causador destas mudanças de comportamento e humor dos clientes. “O aspecto emocional tem uma influência enorme nas finanças, pois as pessoas afetadas pela possibilidade de perdas e empobrecimento sentem-se desamparadas. Em situações de vulnerabilidade pode aparecer o ‘pior’ das pessoas e eu creio que é isso o que acontece com alguns clientes de arquitetos e decoradores. As pessoas desejam o melhor, sem considerar o custo e, em alguns casos, elas se sentem incapazes e medrosas nas tomadas de decisões, afetando a boa produção dos profissionais do décor”, avalia.

Para a psicóloga, a melhor maneira de lidar com a situação é compreendê-la a fundo e não tomar o que o cliente diz como algo pessoal. É preciso manter o equilíbrio emocional. “É impossível não se estressar nessa situação, entretanto o estresse, em sua natureza, é passageiro. Caso ele permaneça, pode ser considerado um quadro de ansiedade generalizada, porém, ambos são tratáveis e com sucesso”, cita Sônia.

O profissional precisa estar bem para conseguir passar para o seu cliente um pouco mais de otimismo e esperança, apresentando a ele algumas possibilidades diferenciadas para relaxar e criando perspectivas favoráveis ao projeto e, claro, às questões financeiras que estão envolvidas. “Se é crise, vai passar, isso é fato. O profissional e seu cliente podem se aproximar afetivamente. Ele pode aconselhar o cliente a reunir os amigos e a família para fazer um piquenique, por exemplo, ou tomar um banho de cachoeira. Visitar parques, praças e museus e desfrutar o momento. Mergulhados na realidade atual, não precisamos ‘fingir ser feliz’, mas podemos estar conscientes e ter boas saídas que nos permitam alguma felicidade”, indica Sônia Eustáquia.

Quando há otimismo e confiança entre as partes, as coisas podem fluir melhor e, com isso, transformar o cenário, antes caótico, em um relacionamento cliente-profissional mais pacífico. Assim, o trabalho rende melhor e o resultado final é benéfico para ambos.

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