Lidando com o estresse do cliente e conflitos familiares

Lidando com o estresse do cliente e conflitos familiares

É muito comum no cotidiano de arquitetos e designers de interiores ter que conviver com conflitos familiares durante a execução de projetos ou reformas. A psicóloga Sônia Eustáquia dá dicas para que os profissionais possam lidar com essa situação da melhor forma possível.  

Quando se trata de reforma ou construção, é comum que haja algum estresse entre os membros da família devido à mudança de rotina e às diversas decisões que precisam ser tomadas em conjunto. É um momento que exige tempo e disposição dos moradores que precisam se adequar àquele período em que as coisas ficam fora de lugar. Para evitar que a situação se transforme num verdadeiro caos, a psicóloga Sônia Eustáquia ressalta a importância do bom planejamento familiar antes de iniciar uma obra e, claro, da essencial ajuda de profissionais competentes e responsáveis que darão todo o suporte necessário.

“Antes de iniciar uma reforma é preciso lembrar que, para isso, deve-se contar com a ajuda e o serviço de profissionais como arquitetos, engenheiros, paisagistas, mestre de obras, decoradores e muitos outros trabalhadores da área. A pessoa que decide por uma reforma, além de se concentrar no objetivo final, que traz uma sensação boa, é bom ter em conta que vai lidar com uma casa cheia de trabalhadores e por isso é bom observar as questões práticas da obra bem como as relações conjugais e familiares para conseguir o resultado de maneira prazerosa”, observa Sônia Eustáquia.

A psicóloga, no entanto, alerta que, mesmo contando com um arquiteto ou designer de interiores à frente da obra, é muito comum que haja situações de estresse nas famílias e estes profissionais acabam ficando em meio ao fogo cruzado. “Algumas pessoas podem se sentir irritadas ou frustradas nesse processo de reforma e acabam projetando esse sentimento de raiva nos que estão mais perto. Sendo assim, os arquitetos e designers acabam sendo tomados como terapeutas”, analisa.

E quando essa situação acontece, como proceder? Pedimos à profissional que listasse algumas dicas para que arquitetos e designers pudessem promover a harmonia nessas situações delicadas:

 1 – Acolher: é importante atender fisicamente o cliente. Colocar-se numa postura frente a frente, olhando nos olhos e prestando atenção em tudo que o cliente diz. Observar e escutar é diferente de ouvir.

2 – Criar sintonia: motivar o cliente em seu sonho, responder todas as perguntas, passar segurança e orientar. O cliente vai “responder” envolvendo-se, compreendendo e agindo.

3 – Unir técnica e percepção: nessa relação, o arquiteto é “o sujeito suposto saber”, ele tem na verdade, o saber técnico/ científico do projeto e não o saber subjetivo que corresponde ao desejo do seu cliente. O sucesso só acontece, quando essas duas instâncias se juntam e se harmonizam.

4 – Tomar decisões compartilhadas: é importante saber, que é melhor para o profissional e também para o seu cliente, que ao final do processo de tomada de decisões para a execução do projeto, ambos sintam-se inteiramente seguros e responsáveis pela sua execução.

 

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