idosos na pandemia

Idosos são os mais afetados pelo distanciamento social durante a pandemia

Aumento da sensação de solidão e diminuição da afetividade podem ocorrer nesse período

Desde março, o distanciamento social é parte da vida dos brasileiros. Novos tipos de rotina, novas formas de lazer, novas atividades, tudo mudou em nosso cotidiano. E a população idosa, parte do grupo de risco da Covid 19, é prioridade quando o assunto é cuidado.

Mesmo com algumas flexibilizações nas regras da pandemia em relação ao funcionamento de alguns setores, a segunda onda da Covid 19 no Brasil não deve ser negligenciada, muito menos com aqueles que mais amamos.

Os idosos são quem devem passar a maior parte do tempo em casa e mantê-los confinados durante tanto tempo, pode ser uma tarefa difícil, pois são pessoas que tendem a ser muito ansiosas e se entediar com facilidade, especialmente quando não estão fazendo suas tarefas preferidas.

Alguns estão até mesmo com receio de sair, outros, já procuram desculpas para ter que dar uma volta. “Atividades como assistir TV, cuidar da casa, das plantas e falar ao telefone acabam se tornando repetitivas. É interessante que eles sejam incentivados ou auxiliados por alguém a procurar outras tarefas dentro de casa, que os dê distração e colaborem para passar o dia com tranquilidade. É tempo de muito cuidado, e a saúde mental deles precisa de atenção nesse período’’, afirma Sônia Eustáquia, psicóloga e sexóloga.

Outro fator é a diminuição da afetividade durante esse tempo. Muitos idosos, apesar de conviverem muito tempo juntos, realizam suas tarefas de forma bastante individualizada, às vezes até por uma sensação de exaustão diante da rotina e da companhia frequente da outra pessoa, o que afeta as relações.

Nessa situação, o incentivo dos filhos e netos de fazer eles voltarem a realizar tarefas em conjunto pode ser interessante para que eles reatem laços de amor e carinho e entendam que agora precisam mais que tudo estarem pertos um do outro.

Por serem pessoas que necessitam de muito cuidado e supervisão, visitas, desde que sempre cumprindo os protocolos sanitários contra a Covid 19, em alguns casos podem ajudar, visto que eles podem adorar quando sentem que estão sendo lembrados.

Uma dica é levar alguma coisa que eles gostem e que vá ajudar. Uma receita anotada em um papel, um livro, um item de decoração novo ou até mesmo a chegada inesperada para um café, mesmo que em menor frequência do que antigamente”, explica a psicóloga.

Cuidar dos que mais amamos nesse tempo é crucial e aqueles que mais sofrem com a pandemia requerem o cuidado em dobro. Presença e carinho são obrigação nesse momento. Ajude a preservar a qualidade de vida dessas pessoas. 

Fonte: Sônia Eustáquia é graduada em Psicologia, Psicanalista, pós-graduada em Neuropsicologia, Sexualidade Humana e Docência do Ensino Superior, a psicóloga Sônia Eustáquia atende em Belo Horizonte promovendo saúde e qualidade de vida aos seus pacientes. Tem formação em Terapia Ericksoniana, especializada no Atendimento Breve individual e de casais, colunista em Revistas e Rádios, Professora e Palestrante.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *