Momento de maior prazer sexual, o orgasmo ainda é um desafio para muitas mulheres. Nesta quinta-feira, 31 de julho, é celebrado o Dia Mundial do Orgasmo, data criada na Inglaterra por uma rede de sex shops. No Brasil o dia é pouco lembrado, mas levanta o debate sobre a dificuldade da maioria das mulheres em atingir o ponto máximo do prazer. Pesquisas apontam que 51% das brasileiras não têm orgasmo.
A reportagem da Itatiaia abordou o problema com a psicóloga, neuropsicóloga e sexóloga, Sônia Eustáquia. Para ela, o problema feminino começa nas questões emocionais e culturais. “É a forma que ela foi educada, a forma que a nossa cultura trata da sexualidade feminina em comparação ao masculino, libertando o masculino para uma sexualidade plena e reprimindo a mulher”, analisou Sônia.
Além disso, a psicóloga ressalta que existe uma dificuldade fisiológica, em razão das características do órgão sexual feminino. “É tudo tão pequeninho, tão escondido e tão pouco explorado ou não podendo ser explorado a qualquer hora”, explica, referindo-se ao clitóris.
Sônia diz que todas as mulheres são dotadas de capacidade de terem orgasmo, exceto em caso de doença, como disfunção hormonal e a diabetes. “Salvo isso, todas têm capacidade e é só treinar. Costumo dizer que orgasmo é uma questão de aprendizado, de treino e de responsabilidade nossa, não é do parceiro”, destaca.
O autoconhecimento é um dos caminhos para se chegar ao orgasmo, destaca Sônia. Neste sentindo, ela ressalta a importância da masturbação feminina, prática comum entre os homens. “Tenho clientes que nunca se tocaram, que não conhecem o clitóris. Mesmo casada e com filhos, nunca tiveram orgasmo”, diz.
Ouça a reportagem completa com Mônica Miranda