Dia das mães é aquele agito, todo mundo fazendo compras, não dá para chegar com as mãos abanando na casa delas. Mas será que os pais são tão presenteados assim? Não é o que diz o comércio. As vendas no dia dos pais ficam bastante aquém das que são feitas no dia das mães. Mas afinal, porque a figura paterna se torna, muitas vezes, fraca e inexpressiva?
Paternidade na corda bamba
Para a sexóloga Sônia Eustáquia essa desvalorização pode ser explicada por vários fatores, como a dissolução da família e o aumento de divórcios, a maior dificuldade do homem em abrir mão em algum momento de certas coisas, como saída com amigos, futebol e trabalho para se dedicar ao filho e mesmo uma certa tendência cultural de achar que cabe a mãe a maioria das tarefas.
Mas, de acordo com Sônia Eustáquia, a figura do pai na vida de uma pessoa é muito importante. “O que a gente vê no consultório é que muitos problemas não existiriam se durante as fases de desenvolvimento infantil aquela pessoa tivesse um pai presente, um pai que saber por limites, um pai que dá amor”, diz.
Sônia Eustáquia acredita que mesmo sendo mais difícil para os pais esse cuidado e dedicação ao filho do que para as mães, eles precisam se empenhar em fazer isso, porque serão muito bem recompensados, com o amor desse filho e com tudo o que uma criança é capaz de ensinar e acrescentar na vida desse pai.
“Quando um pai não se preocupa em marcar um espaço na vida do filho é preciso que a mãe interfira, permitindo, solicitando e até mesmo exigindo que o pai fique mais com a criança. A mãe precisa promover essa figura o tempo todo para o filho, facilitando encontros e situações”, afirma.