Assédio sexual

Especialista fala sobre o assunto, além das consequências que tais atos podem gerar na vida psíquica da vítima.

Nas últimas semanas aconteceram muitas denúncias de assédio sexual, principalmente entre as atrizes de Hollywood. Mas, o que leva uma pessoa a revelar todo o constrangimento que sofreu no passado? A psicóloga e sexóloga Sônia Eustáquia, acredita que essas denúncias ocorreram porque o mundo mudou. “A vitima não se sente mais solitária com o drama e já sabe exatamente quando tem razão de alguma coisa. O melhor é que, quando uma denuncia, as outras que sofrem ou que já sofreram a mesma humilhação também denunciam, o que ajuda no extermínio dessa conduta tão desumana”.

No Brasil, o assédio está definido na lei número 10224, de 15 de maio de 2001, da seguinte forma: constranger alguém com intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. Mas, como distinguir o assédio sexual de uma paquera ou um galanteio? Sônia explica que paquerar é olhar para o outro, se aproximar, perceber a correspondência e galantear. Já o assédio pode vir com uma brincadeira de mau gosto, falta de respeito, expressões que passam do limite.

Geralmente a vítima do assédio sexual é uma mulher, embora nada garanta que ele também não possa ser praticado contra homens por meio da mulher ou de outros homens, no caso da abordagem homossexual. De acordo com a especialista, existem várias consequências do assédio na vida psíquica da vítima. “Em um primeiro momento a pessoa se vê culpada, o que é péssimo. Porque a culpa gera ansiedade, depressão e outros sintomas físicos. Além disso, a auto-estima pode ficar abalada e a sensação de desamparo é muito comum aparecer em todos os casos”, disse.

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A especialista alerta que a pessoa que está sofrendo assédio muda o comportamento e modo de agir. “São alterações comportamentais muito parecidas com a de uma pessoa ansiosa e deprimida. Pode-se observar também o baixo rendimento no aprendizado, evasão escolar, comportamentos introspectivos e até mesmo suicídio. Por isso, os pais devem incentivar a denúncia e se colocarem bastante protetores”, acrescentou Sônia

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