Sexo ou futebol? Uma pesquisa realizada na Europa concluiu que metade dos Europeus prefere ver uma partida de futebol a uma noite de amor. O estudo realizado pelo Social Issues Research Centre (Centro de Pesquisa de Assuntos Sociais) foi realizado em 17 países europeus. Portugueses, italianos e franceses preferem fazer sexo, enquanto que, Espanhóis e Noruegueses escolheram o futebol.
Para a psicóloga e sexóloga Sônia Eustáquia Fonseca a pesquisa não surpreende porque o Europeu não tem muito receio de não parecer macho o bastante revelando a sua preferência pelo futebol; pelo menos, em alguns países. “Já no Brasil eu acho que responderiam que preferem sexo e muitos estariam mentindo, por medo de não parecerem “homem o suficiente”. Na verdade, homens e mulheres gostam de muitas coisas. Às vezes priorizamos uma à outra. É natural fazer escolhas de acordo com o nosso desejo, num momento específico. De alguma maneira assistir a um jogo e torcer exige menos esforço de uma pessoa do que fazer sexo”, diz.
O estudo também revela que 43 por cento dos portugueses já abraçou ou beijou estranhos durante um jogo. Muito tímidos comparativamente com 93 por cento dos alemães que afirmaram já terem feito isso. A explicação é simples para a sexóloga: “se o time estiver ganhando a alegria ou euforia que um torcedor é tomado depois de um gol ou do sucesso de seu time, pode levá-lo à atitudes de extrema descontração, onde ele abraça e beija quem estiver por perto. Isso também é normal e saudável”, afirma.
E é por isso que sexo e futebol também combinam. Considerando que as emoções ficam a flor da pele, pode ser um bom momento para o toque sensual e afetivo. Segundo Sônia Eustáquia, no entanto, isso não garante uma relação e muito menos que ela será duradoura. Os beijos e abraços podem começare acabar ali mesmo, afinal, assistir a uma partida do time preferido exige uma atenção e concentração grandes, e o parceiro pode não acompanhar os movimentos da sedução. “Eu conheço pessoas que quando muito tristes ou deprimidas, a primeira coisa que lembram é do sexo, como conforto para o momento; enquanto outras não conseguem de forma alguma se entregarem à descontração do sexoquando não estão bem”, avalia.
Essa variação acontece inclusive com os jogadores de futebol, mas, para Sônia Eustáquia fazersexo antes da partida não prejudica o desempenho dos jogadores e pode inclusive ajudar. “O que atrapalha são os exageros de sexo e bebidas antes das partidas. Nós sabemos que mesmo contrariando as regras da concentração muitos jogadores fogem e fazem as suas farras. Eu sou a favor de esposas nas concentrações”, diz.
E são muitas as mulheres que tem fantasias sexuais com os jogadores. Segundo a sexóloga eles representam o Príncipe Encantado. Alguns são bonitos e quase todos ricos, poderosos, famosos, tudo o que se deseja de um homem para casar e ser feliz para sempre. Por isso, as “Marias Chuteiras” são uma realidade na vida dos craques. “O número de mulheres que buscam o dinheiro em uma relação é grande. O dinheiro sugere estabilidade, segurança, aquisições e felicidade. Da mesma forma o homem tem o estereótipo da princesa que é mais ligado a beleza física. Eu nunca vi um jogador brasileiro com uma mulher feia ou com aspecto de beleza comum”, diz Sônia Eustáquia.
